domingo, 17 de março de 2013

TRATAMENTOS ALTERNATIVOS


            Como já discutido anteriormente, o tratamento de efluentes provenientes das indústrias têxteis não é simples, e também não é eficaz na remoção de sua cor e carga orgânica. Obtém-se uma eficiência maior com os processos de adsorção em carvão ativado, contudo a adsorção de corantes de caráter catiônico é limitada devido à superfície química do carvão ser positiva. É importante salientar que este processo requer a disposição final das fases sólidas. Em função deste inconveniente, existe uma certa predileção pela utilização de processos que realmente possam degradar as espécies de interesse.

           Dentro do contexto dos processos destrutivos, cabe aos processos biológicos um lugar de destaque, um processo muito utilizado é o dos lodos ativados, porém apresenta o grande inconveniente de ser bastante suscetível à composição do efluente (cargas de choque), além de produzir um grande volume de lodo. Por estes motivos, são estudadas novas alternativas que utilizam microrganismos capazes de degradar de maneira eficiente um grande número de poluentes a um baixo custo operacional.

          A utilização de bactérias, por exemplo, como Pseudomonas sp e Sphingomonas sp, tem sido reportadas na degradação de corantes. Estes microrganismos são particularmente úteis para degradação de azocorantes, pois tem a capacidade de realizar a clivagem redutiva nas ligações azo deste tipo de composto, fato este que geralmente está associado à enzima azoredutase.

         Os fungos de decomposição branca, como Peniophora cinerea, Pleorotus ostreatus, Trametes villosa, Trametes hirsuta, Coriolus versicolor, Pycnoporus sanguineus e Geotrichum candidum, são conhecidos por degradar vários tipos de corantes têxteis. Estes fungos possuem a capacidade de mineralizar, além da lignina, uma variedade de poluentes resistentes à degradação. Esta característica se deve à ação das enzimas peroxidases e lacases. A lacase, em especial, apresenta uma grande especificidade para um grande número de compostos xenobióticos e efluentes industriais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário